Mesmo que a telefonia fixa continue perdendo espaço no embate contra a tecnologia móvel no Brasil, os preços cobrados pelo serviço em nosso país continuam sendo bem assustadores. Corroborando com publicações prévias, uma nova pesquisa realizada pelo site Melhor Escolha, que compara preços de planos de internet, TV por assinatura e telefonia, mostrou porque a predileção dos brasileiros pela tecnologia móvel não para de aumentar.
De acordo com a nota liberada pela equipe, o Brasil possui o serviço de telefonia fixa mais caro do mundo. Para confirmar esses relatórios, a plataforma comparou mais de 110 planos de 20 países diferentes. A facada que o Brasil costuma dar no bolso da população infelizmente já não é um assombro, vivemos em um país com os maiores impostos do planeta, contudo, os novos detalhes revelados essa semana são impressionantes.
Em nossas terras, cada chamada em média tem o valor de R$ 0,77 por minuto. Em um primeiro olhar pode até parecer ‘pouco’ visto aos valores que estamos acostumados a pagar em outras soluções cotidianas, mas para fins de comparação, nos Estados Unidos, país com as tarifas mais em conta, o valor do minuto é de R$ 0,12.
Vale ressaltar que no geral, cerca de 4% da renda mensal do brasileiro é separada exclusivamente para arcar com essa conta. Mesmo que em países estrangeiros o valor da renda mensal em muitas situações seja maior, o valor cobrado no Brasil sem dúvida é injusto, principalmente se levarmos em consideração que nos demais países que estão próximos a nós, por exemplo, o Chile, que ficou com o segundo lugar na pesquisa, tem tarifas mais baixas, cobrando R$ 0,38 por minuto.
Quando a portabilidade numérica para serviços de telefonia fixa móvel entrou em vigor no ano de 2008, a Associação Brasileira de Recursos em Telecomunicações (ABR Telecom) já registrou mais de 32,6 milhões de trocas de operadora. Um estudo divulgado no primeiro semestre deste ano pela companhia de consultoria de gestão e TI, Accenture, salienta que o principal motivo para esta decisão, indiscutivelmente é o preço, segundo 65% dos entrevistados.
Fonte: IDEC