As possibilidades de aprovação são muito grandes, eu tenho feito trabalho intenso com parlamentares, incluindo com a bancada de todos os principais partidos. É necessário, primeiro para refletir a realidade do Brasil hoje, o brasileiro vive cada vez mais.
Além da Previdência, ele ressaltou que a agenda de reformas caminha normalmente e que a expectativa é que tudo esteja terminado ainda este ano.
Protestos
O ministro da Fazenda minimizou as mobilizações contrárias às reformas que têm ocorridos em vários pontos do País. Na avaliação dele, trata-se um movimento normal e o governo tem interesse em esclarecer as dúvidas que forem aparecendo.
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— O governo tem muito interesse em esclarecer. O debate é normal, positivo, faz parte da democracia. Ainda bem! Imagine se não pudéssemos debater. Agora, o que há é uma questão de que vivemos em um Estado de Direito e houve uma decisão judicial vedando, em um primeiro momento, inclusive, a divulgação de números de dados da Previdência. Isso já foi abordado e hoje está se começando a trabalhar de novo na divulgação intensa, que vai mostrar à população brasileira como um todo não só a necessidade da reforma, mas os efeitos positivos. Porque o que interessa a todos é o emprego, inflação e renda.

Números
O ministro disse que, sem a aprovação de reformas estruturais, como a da Previdência, que melhorem as contas fiscais do Brasil, o País estaria fadado a um crescimento na casa dos 2,3% ao ano pelos próximos dez anos, entre 2018 e 2028. Com a aprovação das reformas, a expansão do PIB (Produto Interno Bruto) poderia subir para a casa dos 3,5% a 4% ao ano no período.
Ele declarou a jornalistas que, após passar por uma forte recessão, a economia brasileira está “voltando à normalidade”. Neste contexto, os movimentos dos indicadores são o contrário do que vinha ocorrendo, disse ele, destacando que a inflação está caindo e o País está voltando a crescer.
Meirelles ressaltou que a taxa de juro estrutural, aquela de longo prazo que não afeta a inflação e atrai investimentos, está em declínio e pode cair ainda mais com a aprovação das reformas propostas pelo governo de Michel Temer.
— É a taxa de equilíbrio, que faz que o País volte a crescer sem inflação.
Meirelles foi questionado pelos jornalistas sobre o projeto de terceirização e ressaltou que a experiência internacional, em países como a Alemanha, mostra “com clareza” que a maior flexibilização das leis trabalhistas gera crescimento do emprego e da renda.
Fonte: R7